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Seul – a capital que não para

Próxima viagem (junho/2019) : Coreia do Sul e Taiwan, com uma noite em Xangai na volta. Nem preciso dizer o quão cansativo é pegar 4 voos para chegar em Seul, somando quase 40 horas de viagem. Conexões em Amsterdam e Beijing, várias trocas de avião. Quando chegamos lá, nem sabia mais que dia e que horas eram. São 12 horas de fuso, e como durmo pouco em aviões, cheguei morto, e eram 11 horas da manhã em Seul. Estava eu o o meu companheiro de viagens, Leo. O Fabricio já conhecia Seul, e tinha compromissos em casa, assim só poderia chegar alguns dias depois. Então tratamos de conhecer Seul primeiro, e deixamos outros locais fora de Seul pra depois da chegada dele.

Logo deu pra perceber que não teríamos nenhum problema com a língua, e com localizações. Parei no balcão de informações do Aeroporto de Incheon, e logo a atendente me deu instruções de qual estação do trem saltar para chegarmos ao nosso hostel. Eu ainda perguntei como fazer pra chegar lá, da estação, então ela simplesmente imprimiu um mapa com o caminho que eu deveria fazer da estação até o hostel. Depois compreendi o porquê desta cortesia. É que na Coreia do Sul as ruas não têm placas com nome, somente as avenidas. Assim, seria muito difícil achar o hostel sem perguntar ou sem este mapa detalhado.

Mas daquela forma foi fácil. Tínhamos reservado o hostel em um bairro universitário (Hongik University), com muitos jovens e com muito movimento à noite. Naquele mesmo dia, após todos os procedimentos de instalação no hostel, saímos para nossa missão de reconhecimento do bairro. Já na saída, paramos em uma barraca de comida de rua, e já comecei a provar tudo o que via. Neste caso era uma fritada de legumes, ou algo parecido. Nem sempre dava para identificar o que iria comer, antes de comer, mas a intenção era provar o máximo. Foi assim a viagem toda. Pela menu é que eu não ia descobrir o que pedir, então eu escolhia pela aparência. Mas era muito gostoso.

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Experimentando comida de rua pela primeira vez

Dizem que Nova Iorque é a cidade que não dorme. Pois Seul é a cidade que não para. Isso já ficou claro no primeiro dia. Muita gente na rua. Jovens fazendo performances de canto, dança, etc, sempre com muitos jovens assistindo, aplaudindo, e depois até pedindo autógrafos. Muita gente alternativa.

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Final de tarde começa o movimento

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Performance de amadores, sempre com muita plateia

Caminhamos bastante, tomando tudo como atração, sendo que nós mesmos éramos a atração para muitos coreanos. Depois de escolhermos um restaurante para jantarmos, fomos dormir, porque estávamos exaustos.

No dia seguinte começou nossa peregrinação por Seul. Primeiro fomos até o norte da cidade, em uma região onde se encontra a maioria dos palácios, e não são poucos. O primeiro deles foi o Gyeonghuigung. Foi apenas uma amostra grátis do que estava por vir. É um palácio relativamente pequeno, mas que foi restaurado há 20 anos, então tem aparência de novo.

Lá já deu para perceber em que nível educacional a Coreia do Sul atingiu, grupos de estudantes visitando, todos em ordem, sem bagunça, prestando atenção em tudo que estava sendo dito. Acho que faz parte do estudo deles essas visitas, que oportunidade de aprender sobre a história e cultura do seu país desde cedo.

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De lá, fomos caminhar pelo Centro de Seul, um mar de prédios altos, modernos, muita gente andando nas ruas, quase todos focados nos seus celulares. Ruas limpíssimas, organizadas, só não conseguíamos entender nada dos cartazes, é claro.

Sempre focados nos seus celulares

 

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Fomos até o Cheonggyecheon, uma área de recreação revitalizada, onde antes era apenas um córrego, e hoje tem suas margens urbanizadas, limpas, onde as pessoas a utilizam para passear, comer, relaxar, enfim, transformaram um local sem nenhuma atratividade em uma área super nobre. Passeamos por lá, assistindo a vida do Centro de Seul diante dos nossos olhos, deu vontade de ficar por lá por horas, mas tínhamos muito ainda por visitar.

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Cheonggyecheon

De lá fomos caminhando até o Lotte Young Plaza, um enorme shopping center. Era a hora de visitar um pouco do varejo moderno de Seul. O shopping tinha simplesmente 14 andares. Na verdade, eram 3 torres interligadas, a menor com 7 andares, outra com 10 andares, e a maior com 14 andares. Nosso objetivo, claro, era somente conhecer, então passamos pelos diversos andares, e demos mais atenção para a área de alimentação, onde era tudo impecavelmente arrumado e embalado. O que mais nos chamou a atenção foram as frutas, e seus preços exorbitantes.

Essa cesta de frutas custava cerca de US$ 80!!!
Lotte Young Plaza, prédios interligados

Partimos então para a Myeong Dong St, uma rua de pedetres super organizada e limpa, até chegarmos à Catedral de Myeong, um igreja bem simpática, no alto de um morro, uma surpresa agradável.

Catedral de Myeong

Saindo de lá, fomos até o Mamsan Mountain Park, como o nome já diz, um parque em uma montanha, no meio da cidade. Um oásis no meio do mar de concreto. Caminhamos por lá mais ou menos por 1 hora, até a proxima parada.

Uma parada no Mamsan Mountain Park, tem até teleférico pra subir e ver a vista do topo.

Hora de pegarmos o metro de passear em Gangnam (do outro lado do Rio Han, que corta Seul), que é conhecido como um dos bairros mais ricos da Coreia do Sul e abriga muitas lojas de departamento, shopping centers subterrâneos e shoppings. É aqui que você encontra Louis Vuitton, Chanel, Versace e outras lojas de grife. Claro que fomos lá pra conhecer, não para comprar, mas chamou a atenção a riqueza do lugar. Tomamos um café, passeamos e estava visto!

Gandnam Style

Hora de pegar o metrô, para a sessão noturna. Notem a disciplina para esperar a hora de embarcar, e também a concentração de todos nos seus celulares. Chega a ser silencioso dentro dos vagões, já que ninguém conversa com ninguém.

Todos na fila, todos nos seus celulares…
Hora do rush, mas vagão silencioso.

Fomos jantar em outra área de comércio de rua noturno, perto da Myeong Dong St, onde tínhamos estado à tarde, um emaranhado de barracas de rua, cada uma vendendo seu cardápio próprio, algumas barracas com produtos não alimentícios. Ficou claro que era um local para turistas, até os cardápios aqui tinham tradução em inglês.

Ruas lotadas, muitos jovens.
Provando de tudo, mas aqui era mais turístico

Bem, o dia estava acabando, estávamos mortos de cansaço, mas que dia cheio, e amanhã haveria muito mais. Seul foi uma mega surpresa agradável, mais para quem era pouco informado sobre a cidade. A primeira impressão foi altamente positiva.

 
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Posted by on October 17, 2022 in Coreia do Sul, South Korea

 

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