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Category Archives: Bosnia

Bálcãs : um resumo da viagem

A primeira e mais importante coisa a escrever é que eu adorei esta viagem. Eu tinha uma ideia de, por ter ido a antiga Iugoslávia, era como se fosse um só país. Nada mais equivocado. Excetuando a Albânia, que não fazia parte da Iugoslávia, todos têm uma história, cultura, etnia, religião diferente. Claro que há interseções, como sérvios vivendo na Croácia, croatas vivendo na Bósnia e Herzegovina, e assim por diante. A própria Bósnia e Herzegovina é um caldeirão de religiões e etnias, vivendo (aparentemente) em harmonia. Em Kosovo, com mais 90% de albaneses, só se vê bandeiras vermelhas (albanesas).

Outra coisa a ser escrita e que eu tinha a ideia de que deveria começar pela Macedônia e Kosovo, e ir subindo até finalizar na Eslovênia. Outro erro. Duplamente. Primeiro porque a Eslovênia esteve longe de ser o lugar mais interessante, mais inspirador, mais excitante. E segundo porque logisticamente teria sido bem mais difícil. As conexões, talvez por coincidência, são bem mais fáceis de serem feitas de cima pra baixo. Exemplo 1 : Kotor para Tirana. Se fosse Tirana pra Kotor, acho que nem seria possível fazer um 1 dia. Outro : Berat para Ohrid. Fazer ao contrário, em 1 dia, não é possível. Depois de ter visitado todos os países, posso afirmar que terminar pela Eslovênia teria sido quase que um anticlimax. Isso pra mim. Pra akguns, sem nenhum tom de crítica, a Eslovênia teria sido o ponto alto, depois de um pouco de sofrimento, cansaço, acabar em em lugar lindo, bem organizado seria quase que um prêmio. Aliás, exatamente como escrevi, era exatamente assim que eu pensava antes de embarcar. Mas foi falta de informação mesmo. O que sabia sobre a Macedônia antes de embarcar? Nada.

Considerando o curto espaço de tempo, apenas 16 dias, posso dizer que fizemos milagres de ter visitado o melhor de cada país. Claro que faltaram as cavernas da Eslovenia, os monastérios perto de Novi Sad, na Sérvia, a cidade de Medjugorje na Bosnia e Herzegovina, a própria Croácia, que pulamos, as montanhas de Montenegro, e assim por diante. Mas ficou a certeza de que passamos pelos melhores lugares, e realmente tivemos uma experiencia especial.

Não quis entrar muito na area histórica.Como disse, cada pais tem a sua. O fato é que os otomanos invadiram a região no século XV, e ficaram por 4 séculos. Houve áreas que resisitiram, com o Skandenbeg, heroi albanês, áreas onde eles não entraram, como Montenegro, e assim começaram as diferenças religiosas, com a salada de muçulmanos, cristãos ortodoxos e católicos. Quando a Iugoslávia foi criada em 1929, as coisas começaram a clarear, e definitivamente formou-se uma unanimidade em torno do Marechal Tito, com sua política de não alinhamento durante a guerra fria, conseguiu unir o país todo, e aumentar a qualidade de vida da população. Hoje todos falam com saudosismo daquela época, e lamentam ele não ter conseguido fazer um sucessor. Hoje temos vários países totalmente diferentes, com níveis de desenvolvimento distantes, tensões que claramente persistem e vão persistir por muito tempo. Como disse um funcionário do hstel de Skopje : “É, nós somos muito hospitaleros co os turistas, o problema é entre nós. Aí o bicho ainda pega”. A guerra foi muito sangrenta, e muito recente para ter sido esquecida. Claro que a Macedônia, por exemplo, que conseguiu sua independência sem luta (foi a única) não tem o mesmo nível de animosidade com os Sérvios como a Bósnia e Herzegovina e o Kosovo,que foram os que mais sofreram. Mas certos assuntos são arriscados de se começar, pois nunca se sabe o histórico da pessoa, o que ela pensa, de que lado esta ou estava. O melhor a fazer é ir devagar, e tentar mostrar neutralidade.

Posso fazer um resumo por país, e um resumo das outras coisas gerais. Vamos começar pelos paises.

Eslovênia : como escrevi, é puramente Europa Europa. Tudo perfeito, tudo funciona. Ljubljana é um brinco, mas falta um pouco de alma .Bled tem uma paisagem de sonho, sem dúvida. Depois de tanta intensidade, teria sido quase que um anticlimax deixar pro final. Por outro lado, é a que tem maior infra em todos os sentidos. Não à tôa foi a primeira a ingressar na União Europeia.

Sérvia : pra quem não esperava nada, foi uma bela surpresa. Belgrado surpreendeu pela qualidade da noite, e também mostrou algo interessante de dia. Ajudou termos ficado no melhor hostel da viagem.

Bósnia e Herzegovina : acho que foi o país que mais me tocou. Sarajevo, por sua complexidade, sua história, sua mistura de tudo, e também por termos estado lá no sabado à noite, quando todos estavam nas ruas, foi o ponto alto da viagem. Mostar também impressionou, apesar da chuva e do hostel ruim.

Montenegro : Kotor também tem uma paisagem de sonho. Foi o lugar mais bonito de todos. O mais turistico também. O que salvou é que era baixa estação.

Albânia : Infelizmente não pode ser considerada Europa. Ainda tem muito pela frente, mas considerando o que foi recentemente, já evoluiu muito. Em breve os turistas vão descobrí-la, e se não tiver a infra suficiente, vai ser uma confusão. Mas definitivamente é interessante. Berat é charmosa, um passeio ao passado.

Macedônia : Ohrid foi uma tremenda surpresa, quase no nível de Kotor. Um balneario lindo, à beira do Lago Ohrid, parece uma cidade da Riviera Francesa, ainda mais enfeitada por um forte no alto do morro. Uma graça. Já Skopje foi talvez a maior surpresa da viagem. Isso porque eu não tinha NENHUMA informação, ou melhor, tinha a impressão de que era uma cidade sem atrativos. Saiu muito melhor do que a encomenda. Foi de verdade o fecho com chave de ouro, pra me contradizer mais uma vez sobre a ordem dos países. Em um campeonato de pontos corridos, acho que a Macedônia correu por fora e ultrapassou a Bósnia e Herzegovina na reta final, e ficou com a medalha de ouro.

Kosovo : só fui mesmo pra ver como estava o então segundo país mais novo do mundo, em 2013. Valeu o passeio, mas tem que ter disposição pra perder o dia pra ir e voltar de Skopje.

Vamos à outros tópicos :

Hostels : de uma maneira geral foram bons. Uma decepção : o de Mostar. Os 2 melhores foram o de Belgrado e o de Skopje. Mas dormimos bem, comemos bem, não tivemos qualquer problema.

Comida : a da Bósnia e Herzegovina foi a melhor, mas de uma maneira geral comemos bastante comida local, que é bem carregada de carne. Variamos um pouco, tomamos muita sopa, algumas frutas e chá. Cerveja praticamente todos os dias, pelo menos uma, já que ninguém é de ferro.

Transporte : foram 2 viagens de trem, e o resto de ônibus. Como tivemos que nos mover quase todos os dias, foi um pouco cansativo. No final, não aguentávamos mais. Os ônibus são relativamente organizados (exceto no Albânia), e não tivemos qualquer contratempo.

Tempo : não dá pra reclamar. Só um dia de chuva, e que chuva, em Mostar. Mas mesmo assim fez um pouco de sol, e pudemos tirar nossas fotos. Da metade pra frente esfriou um pouco, e chegamos a quase congelar nos últimos dias. O Weather Channel foi consultado diariamente, já que ele dá previsão de chuva por hora. Felizmente, ele errou muito, e o guarda-chuva só foi utilizado 1 vez.

Companhia : sem muitos comentários. O Khouri é dos melhores companheiros de viagem que conheço. Temos os mesmos gostos, interesses e acresentou muito à essa viagem. Não vou me alongar muito pra não gerar ciúmes em casa, e nem do Leo hehe.

Custos : fora a Eslovenia, que já incorporou o custo de vida da zona do euro, a Albânia tem o custo mais baixo, mas mesmo Montenegro que utiliza o euro (irregularmente, diga-se de passagem) não é tão cara assim. Pode-se dizer que em 2013 é um dos lugares mais baratos para se viajar.

 

Mostar : a estrela da Herzegovina

A noite de ontem foi bem mais calma, já que era domingo, e muita gente aparentemente estava se recuperando da noite de sábado. Tudo fechou mais cedo, e pra gente também terminou cedo. Isto é, mais cedo narua, pois quando chegamos de volta no hostel, o Adi, seu dono, ficou de papo conosco por quase 1 hora. Foi um papo ótimo.

Perguntei tudo o que eu queria, e ele respondeu sem pestanejar. Vamos aos tópicos :

– vida em geral : está boa, melhor do que no pós guerra. As pessoas são muito descansadas, já que quase todo mundo tem um parente imigrante, que manda dinheiro pra casa todo mês. As remessas mensais de dinheiro dos imigrantes são maiores do queo PIB do país.

– turismo : vem crescendo bem mais do que no resto da Europa. Isso dá pra ver claramente, primeiro pois a base é pequena, e depois porque as pessoas vāo descobrindo as atrações e facilidades, e vào passando para outros.

– política : pelo o que ele disse, há muita corrupção, e o partido que está no poder é o mesmo que levou o país à guerra. Isso atrasa o desenvolvimento, dando a impressão de que estão perdendo um bonde (parece com um país que eu conheço).

– guerra : ele lamenta, já que não via motivo para tanta desunião. O problema começou porque o Marechal Tito, que governou a Iugoslávia com mão de ferro porn35 anos, morreu sem deixar um sucessor. Como ninguém se entendeu depois disso, começou a confusão, com as regiões que já tinham certa autonomia querendo independência. Primeiro foi a Eslovênia, praticamente a única por bem. Teve guerra com a Croácia, Bósnia e Herzegovina e Kosovo. Aliás, o cerco à Sarajevo durou 3 anos, e não meses, como eu escrevi. Ele é muçulmano, mas convive super bem com seus vizinhos judeus, cristãos ortodoxos, ou de qualquer outra religião.

Bem, na hora que o papo rolava, a tão anunciada chuva começou a cair. Coveu a noite toda. Tava ótimo pra dormir, mas não pra acordar às 5:45 da matina, para pegarmos o trem até Mostar. O trem já tinha cumprido pelo menos 2 vezes o tempo necessário para aposentadoria, tava bem cansadinho. Mas a viagem é qualquer coisa de imperdível. Apesar do tempo ruim, com chuva e neblina, deu pra tirar várias fotos. O caminho do trem vai margeando um rio, com montanhas dos 2 lados, boa parte do caminho é um verdadeiro canyon. Fora a enorme quantidade de túneis, alguns deles intermináveis. Não dá pra piscar, tem que ficar atento, pois a qualquer instante pode aparecer uma oportunidade de foto. São apenas 128 kms, mas que duram 3,5 horas.

Vista do trem para Mostar

Vista do trem para Mostar

Pra continuar o dia, chegamos à Mostar. A grande atração da cidade é a Old Bridge, sua ponte medieval, de pedra, datada da idade média. Em torno dela, dos 2 lados, há vielas com piso de pedra, bem no estilo oriente médio, cheias de lojinhas para turistas, cheias de bares, restaurantes e cafés, sem falar nas mesquitas, que são onipresentes.

Old Bridge - Mostar

Old Bridge – Mostar

Quando fomos pra cidade, estava caindo um dilúvio, uma verdadeira vingança do Weather Channel, por eu ter duvidado das suas previsões. Saímos com casaco, capa de chuva, guarda-chuva, etc. e usamos tudo ao mesmo tempo. Só que uma hora depois parou de chover, às vezes até aparecia um solzinho, e a coisa só melhorou (a previsão era de chuvas torrenciais até a madrugada de amanhã).

Ruela de Mostar

Ruela de Mostar

Poucas vezes na minha vida eu vi uma cidadezinha tão fotogênica. Tendo a ponte como referência, praticamente a cada 3 passos, nós parávamos pra tirar fotos. Só vendo mesmo pra entender o que eu quero dizer. E quando parou de chover, apareceu um bando de turistas, dezenas de grupos. Não sabemos de onde eles vieram, mas encheram tudo.

Outra ponte de Mostar

Outra ponte de Mostar

Mostar fica na região chamada de Herzegoniva, que também dá nome ao país, apesar de quase todos o chamarem apenas de Bósnia, o que está errado. Amanhã é hora de trocar de país, e vamos embora da Bósnia e Herzegovina. Foi uma surpresa agradável. Não quero ficar agora comparando com os outros, pois ainda tem mais alguns pela frente, e no final eu faço um resumo comparativo.

 
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Posted by on September 30, 2013 in Balcans, Bálcãs, Bosnia

 

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Sarajevo : um domingo especial

Vale à pena falar sobre a noite de ontem. Primeiro fomos comer outra comida tipica, chamada burek. Trata-se de uma torta enroladinha, tipo folheada, que pode ter como recheio carne, espinafre, batata ou queijo. Os restaurantes fazem em grande quantidade e vendem à quilo. É realmente delicioso. As ruas estavam fervilhando, era sábado à noite e parecia um feriado nacional ou coisa do ramo. Como os bares, restaurantes, cafés e afins ficam todos na mesma área, parecia que uma multidão tinha invadido a cidade velha. Muito movimentado mesmo, desde famílias, grupos de idosos, jovens e até adolescentes, tudo misturado. Claro que cada estabelecimento com sua tribo. O problema é que nós não nos encaixamos em nenhuma dessas tribos (quase que nos enquadramos nos idosos hehe). Por isso, e pela temperatura, que despencou, voltamos pro hostel cedo.

Hoje o tempo continuava bom, vem ameacando chover à uns 3 ou 4 dias, mas só pegamos umas gotas em Belgrado. Agora parece que a coisa vai ficar séria, e hoje à noite entra uma grande chuva nos Bálcãs, e vai até depois de amanhã. Vamos ver. Dessa vez eu trouxe guarda chuvas (uau!!).

Rodamos pela cidade velha, dessa vez parando em cada ponto de interesse, andamos bastante, vimos a famosa Ponte Latina, onde ali perto foi assassinado Franc Ferdinand em 1914, estopim de primeira Guerra Mundial. Andamos por 7 horas, repetimos o cevati de ontem. Vale ressaltar que apesar do país ser majoritariamente muçulmano, todos convivem em paz. Nota-se nas ruas as diferenças entre as religiões, fora os turistas, é claro. Uma harmonia só.

Latin Bridge

Latin Bridge

Monumento às crianças mortas na guerra

Monumento às crianças mortas na guerra

Pra finalizar, quando estávamos com um astral lá pra cima, decidimos ver uma exibição sobre Srebrenica. Pra quem não lembra, Srebrenica é uma cidade da Bósnia e Herzegovina que foi declarada zona neutra em 1994, durante a Guerra da Bósnia. A ONU enviou uma tropa holandesa, que ficou tomando conta da cidade, até que o exército bósnio sérvio (isso mesmo, existia um exército bósnio, formado por sérvios) cercou a cidade por meses, até que em 11 de julho de 1995 (apenas 18 anos atrás) eles invadiram, e por uma semana executaram praticamente todos os muçulmanos que havia. Como era uma zona neutra, havia muitos refugiados de outras cidades, então o massacre foi horrível, posteriormente considerado oficialmente um genocídio. E olha eu de novo participando disso, menos de 2 anos depois de ter visitado o Museu do Genocídio em Ruanda, já estava aqui vendo as coisas mais cruéis que um ser humano (se é que da pra chamar de ser humano) pode fazer. Realmente deprimente.

Mas posso dizer que Sarajevo realmente me tocou, recomendo para aqueles que desejam conhecer um lugar diferente, que certamente não é Europa Europa, pois está longe de atingir os padrões da Europa Ocidental, mas nem por isso deixou de me marcar como um destino especial.

 
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Posted by on September 29, 2013 in Balcans, Bálcãs, Bosnia

 

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Sarajevo : amor à primeira vista

Saímos de Belgrado cedo, pegamos o ônibus às 8, passamos pelos subúrbios e logo estávamos na highway. Essa era a highway que vai para Zagreb ou Budapeste, então logo viramos à esquerda, na direção sul. A highway então virou estradinha com mão e contra mão, sem acostamento. O ônibus parou 2 vezes para o motorista comprar pimenta e legumes. Nunca tinha visto nada parecido. Depois de quase 4 horas, e apenas 160 kms rodados, finalmente chegamos à fronteira com a Bósnia e Herzegovina. Após os trâmites de praxe, passamos pro outro lado do rio, e a estrada tomou diferentes contornos. Primeiro parecia a Estrada União Indústria, que liga Petrópolis à Itaipava, com um rio de um lado e montanha do outro. Depois ela pareceu a Estrada das Paineiras, na Floresta da Tijuca. Serpenteava no meio da montanha, até passamos por onde no inverno é uma estação de esqui. Na descida, virou uma estrada vicinal, sempre sem acostamento, mas passando por fazendas, e vilazinhas.

Parada do ônibus já na Bósnia e Herzegovina

Parada do ônibus já na Bósnia e Herzegovina

Resumo : foram mais 4 horas de uma paisagem estonteante, até chegarmos à Sarajevo. valeu muito à pena fazermos esta viagem de dia, a paisagem é deslumbrante. O preço a pagar é que para ir neste horário, o ônibus nos deixa na estação Leste de Sarajevo, que fica à 17 kms do centro. Nada que um bom taxi não resolva. Rapidamente chegamos ao nosso hostel.

Não sei se foi sorte ou competência, mas de novo o hostel é excelente. Tudo funciona, tudo limpo, os recepcionistas nos deram todas as informações que queríamos. Basicamente estamoshospedados à 2 quadras da rua principal de pedestres. De cara, vimos a principal igreja católica de Sarajevo. À 50 metros, a igreja ortodoxa. Se anda mais uns 150 metros,demos decara com uma mesquita. Aliás, como a Bósnia e Herzegovina é majoritariamente muçulmana, há centenas de mesquitas na cidade.

Igreja Ortodoxa

Igreja Ortodoxa

Proibido entrar com metralhadora na mesquita!

Proibido entrar com metralhadora na mesquita!

A grande surpresa foi que, além deste monte de atrações, a cidade bombava. Cheia de turistas (muito mais que Ljubljana e Belgrado) e locais, andando pra cima e pra baixo na rua de pedestres, como sentados nos cafés, bares e sorveterias. Como toda boa cidade muçulmana, ha centenas de lojinhas que vendem de tudo, bazares típicos, enfim um movimento e vibração que eu não esperava. O que faz a ignorância.

Vista de Sarajevo, com cemitério muçulmano

Vista de Sarajevo, com cemitério muçulmano

Café típico

Café típico

O lado bom desta ignorância é que ela fez nascer um erdadeiro amor à primeira vista. Já era final de tarde, mas fizemos questão de subir um dos morros que cerca a cidade para vera vista da cidade velha. Fiquei só imaginando como foi na época da guerra, já que a cidade é toda cercada por morros, e ficou sitiada por meses.

Descendo do morro, fomos provar o famoso Cepati, que é uma espécie de mini kafta o pão árabe. Uma delícia!!! Ainda vamos sair hoje, e amanhã temos o dia todo para conhecer melhor esta cidade cheia de vida. Mas o certo é que estamos maravilhados. E pensar que no post inicial eu escrevi que teria sido melhor fazer a viagem invertida, pois o melhor ficaria pro final (a Eslovênia).  Ainda nem chegamos ao meio, e já me arrependi de ter escrito aquilo.

Burek - folheado com carne dentro, uma delicia!

Burek – folheado com carne dentro, uma delicia!

 
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Posted by on September 28, 2013 in Balcans, Bálcãs, Bosnia, Sarajevo