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Category Archives: Africa

Safari no Chobe

Já tinha feito alguns safaris antes, e sabia que os melhores horários são o amanhecer e o entardecer. Escolhemos o amanhecer, pois no caso do Chobe, os safaris à tarde são feitos de barco, já que os animais descem até a beira do rio para beber água.

Acordamos ainda escuro, e nos pegaram no hostel, de lá fomos para um dos grandes resorts de Kasane, de onde partiram dezenas de carros 4X4, cheios de turistas para o safari. O detalhe é o frio que fazia pela manhã, quanto mais na estrada, em um carro aberto. Tanto que eles nos forneceram cobertores para este início de safari, que salvaram nossa avida.

Entramos todos quase juntos, em fila indiana, e na mesma direção, isto é, logo que avistaram o primeiro hipopótamo, se formou um engarrafamento para as fotos. Aguardamos a nossa vez, e pude tirar uma foto dele passando em frente do nosso carro.

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Hipo, a primeira atração do safari

Daí começou a melhorar, pois os primeiros da fila avançaram, e os outros foram ficando para trás, iniciando assim um espaçamento entre os carros. Logo apareceram os tradicionais, numerosos e necessários antílopes.

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Sem eles, os grandes animais morreriam de fome

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Maldade o que fazem com eles…

Chegamos à uma árvore cheia de babuínos.

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Dezenas deles

Após uns 90 minutos, parada para um café e petiscos matinais. Claro que não estava nem um pouco a fim desta parada, pois queria mais era tentar ver mais animais, mas fazia parte do programa, e todos os carros paravam. Ainda bem que não eram todos no mesmo lugar.

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Parada pra café ou para encher o tempo?

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Leo, eu e no nosso guia

No nosso grupo, uma australiana de 85 anos, muito simpática, muito viajada, que alegrou o grupo, e deu exemplo de vitalidade.

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Era a da direita, ótima companhia

Depois da parada obrigatória, a segunda parte do safari. Andamos bastante até encontrarmos um bando de leões, meio escondidos na mata. Tivemos que esperar alguns carros irem embora, e nos posicionamos bem até que algumas leoas decidiram levantar e cruzar a pista.

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Leoas cruzando a pista

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Depois descansaram mais um pouco

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E mais um pouco

Após uns bons 20 à 30 minutos com os leões, que não estavam tão perto assim do carro, seguimos em frente, mas deste ponto não conseguimos mais ver nada relevante. E logo o safari estava acabado.

Não deixa de ser um pouco frustrante acabar tão logo, mas assim é que funciona para quem faz o safari contratado. Os turistas voltam para os resorts na beira do rio, e aproveitam a infra, e à tarde voltam para o segundo tempo. No nosso caso, voltamos para o hostel, de lá trocamos de hostel, e já não tínhamos mais nada programado para o resto do dia, além do jantar em um  restaurante de um dos resorts. Obviamente que aproveitamos para descansar, tomar umas cervejas e comprar nossa passagem de ônibus para Maun, nosso próximo destino.

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No hostel tinha até uns quartos que pareciam um iglu

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Nosso segundo hostel

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Mercado de Kasane

Mas ainda haveria no dia seguinte o segundo safari, este na beira do rio.

Este começou à tarde, em um barco relativamente pequeno, mas seguro. Nós estávamos em um grupo com locais, e um pai e filha holandeses. Mas isso era o que menos importava, estávamos lá pela experiência, e logo só tínhamos olhos para o que acontecia no rio.

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Barcos do safari no rio

Depois de avistar o primeiro crocodilo, logo chegamos perto de umas ilhas, onde havia alguns hipopótamos. Esperamos um pouco até que eles levantaram da água e passaram bem perto dos barcos que ali estavam.

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Hipopótamo bem perto

Logo depois foi a vez dos elefantes, que eram numerosos e também passaram em frente aos barcos.

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Legal!

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Mais perto

Depois a vez dos búfalos.

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Este foi bem perto!

Em um safari, quanto mais difícil e demorado é para se ver um animal, mais a gente dá valor, e quanto mais fácil e rápido, menos se dá o valor. Neste caso, começamos a ver tudo muito rápido.

Depois avistamos girafas, mas estas estavam mais longe,

 

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Combo girafas + hipopótamo

e finalmente alguns crocodilos.

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Olha o tamanho da fera

Claro que em um safari sempre queremos ver muito, de tudo, e quase sempre isso é impossível. Mas o resultado final foi bem satisfatório, e no caso do safari de barco, foi bem diferente de tudo o que já tinha feito, e bastante recomendável, fica complementar ao safari tradicional de carro.

Nossa programação em Kasane estava encerrada. O que muita gente ainda faz é visitar as Cataratas de Vitória, que ficam à 70 km dali, mas como já tínhamos ido lá, deixamos de lado, e aguardamos nosso ônibus noturno para Maun no dia seguinte.

 
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Posted by on December 13, 2018 in Africa, Botsuana, Botswana

 

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Mamma Africa está voltando!

Pois é, está chegando a hora de voltar ao meu continente favorito, a África. Semana que vem embarco, com meu amigo Leo, é claro, para 2 semanas por lá.

Primeiro vamos pra Namíbia, onde alugaremos um carro e vamos rodar por alguns dias, primeiro para ver as dunas de Sossuvslei e depois para Swakopmund. De lá, vamos para Botsuana, para o Delta do Okavango, fazer um safari.

Vai ser rápido, mas não deixa de ser África. E pela 10a vez.

 
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Posted by on August 15, 2018 in Africa, Botsuana, Namibia

 

Volta pra casa antecipada

Bem, conforme explicado antes, tive que interromper minha viagem, por conta de doença na família. Moçambique e Suazilândia vão ficar para o futuro. Claro que lamentei, mas não tive nem dúvida do que era o certo a ser feito.

À registrar, voltei para Joanesburgo, onde tive que passar uma noite antes de pegar o voo de volta para o Brasil. Fiquei em um hotel perto do aeroporto, indicado pelo Fabrício. Eles do hotel me pegaram no aeroporto, e me levaram de volta no dia seguinte. O hotel fica à menos de 5 minutos de carro do aeroporto. A rua é bem tranquila, então foi super conveniente para mim. Acontece que na volta do Fabricio e do Leo, eles também tiveram que passar uma noite lá, e enquanto tomavam uma cerveja na varanda do quarto, houve um assalto na recepção do hotel. Limparam todos os hóspedes que estavam lá na recepção.

O que posso dizer da viagem? Na verdade, pouco. Basicamente visitei as Cataratas de Vitória, que são espetaculares. Recomendo para todos os tipos de viajantes, desde mochileiros até para famílias. Harare não é para principiantes, somente para quem tem curiosidade de conhecer uma cidade não turística, e um pouco mais do Zimbabwe não turístico.

Em breve vem mais por aí, e desculpem a demora para finalizar os posts.

 
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Posted by on February 20, 2017 in Africa

 

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Encarando Victoria Falls de frente

Como eu ainda tinha o dia todo antes de pegar o voo para Harare, fizemos então o passeio pelo parque, em Victoria Falls, e assim teríamos a vista das cataratas de frente.

 

Quando o David Livingstone achou as cataratas, deu o nome em homenagem à Rainha Victoria, mas na verdade o nome original dela é Mosi-oa-tunya, que significa fumo que troveja. Isso é explicado porque a queda d’água tem altura máxima de 128 metros, e pelo barulho da queda, e pelo vapor que lança para quem está lá no alto. Dependendo da época do ano, na cheia principalmente, é simplesmente impossível de vera água caindo lá embaixo. Na entrada do parque, vendedores fazem a festa vendendo capas de chuva, que na verdade não adiantam muita coisa, já que sai todo mundo molhado de qualquer forma.

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Estátua do David Livingstone

No nosso caso foi totalmente o oposto. Mesmo sendo menos espetacular pela menor quantidade de água, como fomos na época de seca, dá para ver totalmente a queda, a nos molhamos muito pouco. Na verdade, nas poucas ocasiões que subiam respingos de pagua, nós até agradecíamos, pois fazia um calor de 40 graus.

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Neste canto é aonde começa a queda d’água

Caminhamos por todo o contorno do lado do Zimbabwe, tirando dezenas de fotos, que depois de mostraram quase idênticas. Parece que foram tiradas do mesmo local. Mas algumas são bem impactantes, e as mais legais, na minha opinião, foram as tiradas de frente para o Devils Pool. Acho que se nós tivéssemos visitado o lado do Zimbabwe antes, não teríamos ido ao Devils Pool. Só fomos porque não tínhamos noção da proximidade do precipício.

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Ao lado tem bastante água caindo

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Neste local a galera se molhava um pouco

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Na beira, em frente à uma parte bem seca

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Em frente ao Devils Pool

Após a interminável seção de fotos, voltamos para o albergue, pegamos nossas coisa e fomos para o aeroporto de Victoria Falls, que por sinal fica bem longe da cidade. Não tivemos nenhum problema no embarque, e nem no voo para Harare.

 
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Posted by on January 10, 2017 in Africa, Zimbabwe

 

Rafting no Rio Zambezi

Cruzamos a ponte que separa a Zâmbia do Zimbabwe, uma ponte de aço muito bonita. Claro que tivemos que cruzá-la à pe, pois a saída da Zâmbia fica antes da ponte, e a entrada do Zimbabwe do outro lado da ponte. A ponte então fica em uma terra de ninguém, mas é dali que as pessoas fazem o bungee jumping e outros saltos daquela altura (mais ou menos 100 metros). É óbvio que nem passou pela minha cabeça fazer uma loucura dessas, com o medo que tenho de alturas, mas devo confessar que para quem gosta, é um prato cheio. O local é simplesmente lindo.

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Ponte fronteira

Após cruzarmos a fronteira, pegamos um táxi para o albergue, que era muito parecido com o de Livingstone, isto é, com piscina, área de lazer, etc. Inclusive os mosquitos, que não precisam de visto para cruzar de um país para outro.Pegamos uma piscina antes de sairmos para jantar, e conhecemos um casal de italianos e um indiano. Ficamos de papo com eles antes e depois do jantar, foi super agradável, cada um com sua visão da África, sua visão do mundo, todos bem viajados. É nessas horas que eu tenho certeza de que somente neste tipo de viagem e neste tipo de lugar que se tem mais oportunidades de se conhecer gente que pensa mais como eu penso, esmo morando do outro lado do mundo.

Engraçado que no final da noite, o italiano, que estava em um tour de 3 semana pela África com o mesmo grupo de europeus, disse que tinha conversado mais conosco somente naquele dia, do que com todo o grupo somado, em todas as 3 semana somadas. Não quer dizer que somente por estar na mesma viagem, as pessoas são do mesmo jeito.

O albergue ficava à uns 1.500 metros do centro, uma boa caminhada no final da tarde. Não nos sentimos em perigo em nenhum momento, apesar dos avisos que tivemos da situação político e econômica do país. A cidade é calma, feita para o turismo, quase não tem gente na rua. Comemos uma pizza no Centro e voltamos, aí sim de táxi para a pousada, pois já estava escuro.

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Piscina do albergue

Já reservamos o rafting para o dia seguinte, já que não podíamos perder essa oportunidade. Confesso que nem quis pensar se era muito ou pouco perigoso, apenas reservamos e pronto.

O Rio Zambezi é conhecido como local de safaris, pois é lá que muitos animais vão procurar saciar sua sede, principalmente em época de seca. Claro que o rio é infestado de crocodilos e hipopótamos, que por sinal é o animal responsável pelo maior número de mortes de humanos na África. A perspectiva de se fazer um rafting em um local assim era no mínimo preocupante. Mas, consultando os sites de agências de turismo, todas oferecem o “White Water Safari” como uma das atrações principais.

No dia seguinte lá fomos nós. O grupo era de 6 pessoas, nós 3, mais um pai e filho do Zimbabwe, que tinham emigrado para o Reino Unido há muito tempo, e um americano gente boa, que se aposentou e resolveu gastar o dinheiro dele viajando para conhecer o mundo. O início do passeio foi meio radical, pois tivemos que descer o penhasco de 100 metros à pé, até chegarmos no local de partida, que ficava bem em baixo da ponte de aço. Colocamos nossos coletes salva vidas e capacetes, e lá fomos nós, após um breve treino de remadas, e sincronismo, que depois se mostrou infrutífero, com nosso guia. Além do nosso bota, havia 2 caiaques de apoio, um ia na frente e outro atrás. Nem quis perguntar para que, mas pelo menos não vi nenhuma cruz vermelha, que lembrasse primeiros socorros.

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Prontos para a aventura

Ele explicou que seriam 19 quedas, durante 20 quilômetros de rio, e que iria explicando para nós o que fazer e não fazer antes de cada queda. Como estávamos em época de seca, o ria estava mais baixo, o que significava menos velocidade, porém as quedas seriam mais perigosas, pois com menos água, a distância da água para as pedras seria menor.

Logo depois da segunda queda, vimos um crocodilo tomando sol em uma pedra, na beira do rio. O próprio guia que nos mostrou, e não demonstrou qualquer preocupação, dizendo que não oferecia perigo. Como pode um crocodilo sobreviver em um trecho entre 2 corredeiras, com um penhasco de 100 metros de altura de cada lado? O que eles comem? Nem quis perguntar, com medo da resposta…

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Altura do penhasco!!!

O rafting foi muito agradável, pois com o calor senegalesco, toda vez que nos molhávamos, era um alívio. Leo e Fabricio ficaram na frente do bote, americano e o filho do coroa do Zimbabwe ficaram na segunda fila e eu fiquei na rabeira, com o coroa, que tinha um papo super agradável. Consegui pegar sua visão do ocorrido com o país durante as calmarias, entre as quedas. Boa distração, inclusive para me fazer esquecer dos crocodilos.

Em uma das quedas, caímos todos do bote, foi super irada, afinal estávamos pagando para termos emoção. Em outra, antes da qual o guia nos preparou para o perigo, somente ele caiu do bote. Pegamos no pé dele bastante, claro.

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Essa foi a parte tranquila hehehe

Em um determinado ponto, tivemos que descer do bote, e caminhar pelas pedras, pois aquela queda era muito agressiva, e o guia disse que não conseguiria garantir nossa segurança. Ele soltou o bote sozinho, que foi resgatado pelos 2 caras que estavam nos 2 caiaques. Faltando 2 ou 3 quedas, tinha um trecho que era bem plano, e a distância para a próxima queda era maior, então o guia nos disse para saltar do bote, e ir boiando com a correnteza. Eu já tinha feito isso em um rafting no Rio Paraibuna, e foi muito relaxante. E lá fomos nós. O Fabricio tinha trazido uma Go Pro à prova d’água, e ficou filmando tudo, atrás do bote. Até que o guia começou a gritar : “Secutiry, security, back to the boat!”. Claro que significava algum imprevisto. E depois ele apontou o imprevisto : um crocodilo descendo das pedras e entrando no rio. Eu nem me assustei muito, pois estava perto do bote, e não daria tempo para aquele crocodilo me alcançar, mas será que ele era o único? O Fabricio demorou um pouco mais para entender o que estava acontecendo, e ainda estava mais longe do bote, então fiz questão de avisá-lo, mas gritando bastante. E o pior é que não dava para subir sozinho no bote, dependíamos de alguém que estivesse dentro do bote para nos puxar. Claro que depois dessa, nem a mão eu coloquei mais na água, ainda bem que foi no final, e não deixei de aproveitar todo o passeio, que durou umas 3 horas.

Mas o clímax ainda estava por vir. Na chegada, o guia nos disse que tínhamos que carregar nosso remo e colete até o ponto de encontro, onde teríamos um almoço esperando por nós. Só que acho que para se vingar dos turistas colonialistas, a chegada foi no ponto onde havia o maior desnível, e tivemos simplesmente que subir um penhasco de mais de 150 metros, em um sol de 40 graus, carregando um remo e um colete, que após 5 minutos, pareciam pesar mais de 20 quilos cada um. Cheguei lá em cima bufando, e xingando a empresa do rafting. Eu até que estou habituado a subidas, mas aquilo não era para qualquer um, e não houve nenhum aviso antes. Uma pessoa com problemas no joelho certamente não iria conseguir, e não consegui vislumbrar nenhum plano B para vencer aquele penhasco.

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Penhasco que tivemos que escalar

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Companheiros de rafting

O que nos fez acalmar instantaneamente foi ver o almoço pronto, e bebidas geladíssimas nos esperando. Após algumas cervejas, um churrasco com salada (nem pensei na segurança alimentar), e tudo estava ótimo de novo.

Voltamos para Victoria Falls em uma caminhonete, batendo papo com os gringos, super legal o passeio, valeu super à pena, faria de novo fácil (menos a parte da natação).

Chegando de volta, fomos para nosso albergue tomar um banho de piscina e nos preparar para o jantar. No Centro tinha wifi gratuito, e troquei mensagens com a minha filha, e descobri que meu pai estava internado na UTI, correndo risco de morrer. Falei com minha irmã, médica, e mesmo não tendo muitos detalhes, ficou claro que eu tinha que abandonar a viagem e retornar para casa. Só que eu estava em Victoria Falls, interior do Zimbabwe, e não era tão simples assim voltar para casa. Era uma quarta-feira, e no dia seguinte, no final da tarde eu já iria embarcar para Harare, capital do Zimbabwe,  onde iríamos passar a sexta-feira, para no sábado pela manhã voar para Moçambique. Voltei para o albergue, decidido a resolver minha logística. O diabo é que o wifi do hotel só funcionava do lado de fora, e os mosquitos fizeram a festa comigo, pois não sabia onde o Leo tinha colocado o repelente, e não dava para esperar ele e o Fabricio voltarem.

Consegui compara pelo celular mesmo uma passagem pela South African, de Harare para São Paulo, e depois pela GOL, uma de São Paulo para o Rio de Janeiro. Tudo isso demorou mais de 2 horas, se não tinha pego malária no albergue de Livingstone, certamente tinha pego ali.

 
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Posted by on January 2, 2017 in Africa, Zimbabwe

 

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Africa : chegando a hora

Bem, faltam 5 dias para a partida. Infelizmente algumas coisas mudaram. A primeira, e mais triste de todas, é a desistência de um dos componentes da viagem, por motivo de saúde. Acontece. É melhor antes do que durante, que aliás é o que aconteceu com ele na viagem ao Irã. Então seremos 3, eu, Leo e o Fabrício, o mesmo grupo da última viagem.

Outras mudanças aconteceram também. Decidimos que ir até o Lago Malawi não valeria à pena. Não por conta do lago em si, mas porque teríamos 3 dias de estrada de Livingstone até lá, passando por Lusaka e Lilongwe. E depois mais 3 dias de lá até Chimoio, em Mozambique. Achamos que para uma viagem de 3 semanas, seria muito. Desta forma, cortamos o Malawi do roteiro, e assim decidimos, após visitar Victoria Falls, descer pelo Zimbabwe.

Só que o dia que queríamos sair de Victoria Falls por terra para Harare não tinha ônibus. Então teríamos que ficar 1 dia a mais ou 1 dia a menos por lá. Esse ônibus para no Hwange National Park, onde poderíamos fazer um safari. Mas, de novo, teríamos que ficar por lá 2 dias, já que não tem ônibus todos os dias. Resolvemos assim fazer o safari na Africa do Sul, no fim da viagem. Achei uma cia aérea Fastjet, que faz este voo por US$ 48, então decidimos ir de avião.

Ótimo, tudo em cima. Mas depois descobrimos que as coisas não estão tão boas quanto pensávamos em Mozambique. Fomos fortemente aconselhados a não viajar por terra de Harare até Vilanculos, pois a guerrilha voltou a ficar ativa no interior, e uma das áreas consideradas de risco é a estrada que corta o país de norte ao sul, e no trecha perto do Rio Save, onde passaríamos. Depois de muito debate, resolvemos por maioria pegar outro voo, desta vez de Harare até Vilanculos (via Joanesburgo).

Desta forma, ganhamos vários dias extras no roteiro. A decisão foi de seguir o plano inicial em Mozambique, depois cruzar a Suazilandia, e por fim passear pelo leste da Africa do Sul. Ainda não definimos todo o roteiro, mas a vontade é de ir até o Sani Pass, na fronteira da Africa do Sul com Lesoto. Infelizmente o visto para o Lesoto não é fornecido na fronteira. Ainda não sabemos se vamos tanter tirar em Durban, ou em outro local. mas agora vamos deixar rolar, e o tempo vai dizer o que vamos fazer.

O roteiro básico então ficou assim :

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Em breve volto, com as novas estórias.

 

 

 

Próxima Parada : África

É pessoal, está chegando a hora da próxima viagem. Depois de 5 anos, está na hora de voltar para a África, um dos continentes mais fascinantes que já fui, juntamente com a Ásia. Cheio de lugares lindos, mas além de tudo, o lugar com as pessoas mais puras, receptivas, amigáveis e alegres do mundo. Tendo viajado por 5 continentes, posso afirmar que para mim, não tem igual. Comparando com a Ásia, só perde em diversidade, já que a Ásia é um colchete de culturas, línguas, etnias, etc, incomparável. Não dá para ir 1 ou 2 vezes e dizer que já conhece. Essa será minha oitava viagem para a África, e certamente não será a última. Há muito o que ver ainda.

Desta vez escolhi a parte sul, um pedaço entre a África do Sul e a Tanzânia, que não conheço ainda. Começamos por Livinsgstone, na Zâmbia, local das Cataratas de Victoria. Depois vamos por terra até o Lago Malawi (passando pelas capitais de Zâmbia, Lusaka, e do Malawi, Lilongwe). Depois descemos, ainda por terra até Mozambique. Este trecho inicial vai dar um pouco de frio na barriga, por não haver transporte público fixo, como ônibus ou trens. Será na base do improviso, pegando vans, ônibus locais, e talvez um táxi aqui ou acolá.

Chegando no litoral, em Vilanculos, vamos visitar o arquipélago de Bazaruto, um dos locais mais bonitos do mundo. Depois descemos até Maputo, e de lá esticaremos até Johanesburgo, onde nossa viagem acaba. Ver roteiro abaixo :

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Claro que para esta longa jornada (4.042 km), teria que me juntar à outros loucos como eu. Primeiro foi o Leo, parceiro de todas as roubadas, depois veio o Fabrício, que provou o gostinho destas viagens faz tempo, mas só no ano passado tomou coragem de viajar comigo. E por fim o Khouri, que conseguiu liberação do trabalho, e não tem ideia de onde está se metendo. Vai ser divertido, com certeza, e a ideia de termos algumas incertezas no roteiro só aumenta a ansiedade. Serão somente 3 semanas, em outubro, portanto não dá para exagerar nas incertezas, há uns 2 ou 3 dias potencialmente sobrando. Falta pouco!

 

 

Blog do Guilherme

Hoje vou falar um pouco do blog do Guilherme. Já havia mencionado este blog umas 2 ou 3 vezes anteriormente, mas agora vou dedicar um pouco deste espaço para destacar a importância que ele teve para a minha viagem, e também a importância que ele tem para quem quer que se imagine viajando pelo mundo, para locais absolutamente diferentes de tudo o que estamos acostumados a ver e visitar.

Acho que dou mais importância ao blog ainda do que o que ele já merece pelo fato do Guilherme ter feito exatamente o que eu deveria, quando tinha a idade dele. Em 1995 eu tinha pedido demissão do meu emprego na Petrobras (maluco!?!?), e meus planos eram exatamente cruzar a África de norte a sul, sem um tempo específico. Na época pensei em 6 meses, o que estaria de bom tamanho. Acabei não fazendo essa viagem, fiz outra mais curta, de 2 meses para a Ásia, e achei que estava de bom tamanho. Agora, mais de 15 anos depois, vi que não estava.

Ele tinha a mesma idade que eu quando saiu do emprego dele, e decidiu que era hora de partir. Diferentemente de mim, ele já era casado, e foi mesmo assim. Teve a sorte e competência de ser casado com uma mulher que entendeu sua necessidade, e depois foi encontrá-lo na estrada. E acabou se tornando mais que uma parceira de viagem, e sim uma incentivadora de mais viagens, que acabaram acontecendo. E tenho certeza de que ainda vão acontecer outras tantas.

Independente dos destinos que eles visitaram (falo sobre eles mais adiante), a mensagem que ficou foi muito mais relevante. Para mim, pela história deles guardar tantas semelhanças com a minha. Só que não dá para fazer o tempo voltar atrás. Então ficou como lição para mim, e pode servir de exemplo para outros que tenham situações parecidas.

Achei o blog dele quando pesquisava sobre vistos para o Uzbequistão. Isso porque na época eles estavam tirando este visto, além de outros, lá em Istambul, no início da última viagem deles, que foi para a Rota da Seda. Bem, quando descobri o blog, tive interesse em ler desde o início, e assim foi que descobri que a história tinha começado 2 anos antes, em abril de 2009. E primeiramente ele foi para a África do Sul. De lá, foi subindo pelo continente, nem sempre em linha reta. Não vou descrever aqui o roteiro, pois na verdade acho que as pessoas deveriam simplesmente visitar o blog e descobrir tudo que está por trás desta super viagem por conta própria. O fato é que li post a post, e daí surgiu a inspiração para a minha viagem no leste da África. Da África eles foram para o Oriente Médio, depois Ásia, voltaram para o Oriente Médio, depois Balcans (Europa). Durou cerca de 1 ano e meio. É claro que não estou sugerindo ninguém a largar tudo e viajar por 1 ano e meio, mas há várias lições a serem aprendidas com esta leitura.

Quando eu achei o blog, no início da segunda viagem, que durou SÓ 6 meses, eu começei a acompanhá-lo. Praticamente todos os dias eu entrava no blog, esperando o próximo capítulo desta aventura espetacular. Só para melhorar a situação mais ainda, sua esposa resolveu fazer um blog também. Então eram 2 visões distintas da mesma situação. Muito interessante. Às vezes 2 pessoas vão ao mesmo lugar, e têm opiniões diferentes, até porque são situações e circunstâncias diferentes. Mas neste caso não.

É por essas e por outras que venhi insistindo para eles não guardarem só para eles esta experiência única. De uma forma qualquer isso tem que ser passado adiante. Por isso, sugiro fortemente um passeio (completo) por este blog. Aí vai o endereço:

http://saiporai.wordpress.com

O blog dela pode ser acessado de dentro do blog dele.

Boa leitura e boa viagem!

 
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Posted by on December 5, 2011 in Africa

 

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China – uma reflexão

Vou falar um pouco sobre a China. Mas o que tem a ver com um blog de uma viagem à África? Bem, tem a ver sim, e eu já tinha feito o comentário de que a China está no meio de uma nova colonização no continente africano. Mas vamos lá, vou começar lá de trás, da minha primeira ida à China, em 1987.

Estive visitando Hong Kong, que na época nem era China (só foi devolvido à China em 1997) ainda. Resolvi comprar uma daquelas excursões de 1 dia para irmos até Cantão (hoje chamada Guangzhou). Era uma cidade grande, no sentido de que tinha mais de 1 milhão de habitantes. O veículo predominante era a bicicleta, e apesar de estarmos na década de 1980, parecia estarmos na década de 1930. Um atraso só. Era inclusive o motivo pelo qual as pessoas pagavam 100 dólares só para ver como a China era atrasada e diferente do resto do mundo. Equivale ao que as pessoas fazem hoje ao visitar a Coréia do Norte ou Cuba.

Hoje Guagzhou tem mais de 7,5 milhões de habitantes, virou a principal cidade da província de Guangdong, que tem 83 milhões de habitantes, e 7 cidades com mais de 1 milhão. Foi lá, alguns anos depois, o primeiro experimento capitalista na China, onde formaram uma ZPE, Zona de Proteção Econômica, tipo Zona Franca de Manaus, só que obviamente com muito mais sucesso do que aqui.

A minha segunda ida à China foi em 1991, e nessa vez eu passei quase 1 mês por lá. Saí de Hong Kong e fui até Beijing (antiga Peking) por etapas, utilizando vários meios de transporte: barco, trem, ônibus e avião. Era ainda muito parecido com o que eu vi em 1987, isto é, muito atraso, muita pobreza, pouca infraestrutura. Me lembro que em Beijing eu aluguei uma bicicleta, e com isso podia visitar a cidade quase toda. Havia poucos carros nas ruas, as bicicletas é que mandavam no trânsito. Havia pouquíssimos prédios, todos eles antiquados, e a infraestrutura era precária. Os trens eram antigos, as estradas horrorosas, o Brasil parecia país de primeiríssimo mundo comparando com os padrões chineses da época.

A terceira vez foi em 1995, e essa foi bem diferente das outras duas. Estava no Nepal, e queria visitar o Tibet. O Tibet é considerado pela China uma província como qualquer outra. Foi invadido em 1950 e até hoje não reconquistou sua independência. E nem vai. Primeiro que nunca houve nenhum motivo econômico para que nenhuma potência estrangeira peitasse a China sobre o caso. Agora então que a China se transformou em uma potência mundial, econômica e militar, é que as chances são zero de isso acontecer. O que eu vi lá foi uma sistemática política de eliminar um povo e uma cultura, e substituir pelo povo e pela culturas chineses. Enquanto que no resto do país existe a política do filho único, no Tibet as famílias chinesas são recompensadas se tiverem mais filhos. Há também uma política de incentivo à migração de chineses de qualquer parte do país para o Tibet. As mulheres tibetanas sofrem esterilização forçada. Naquele ano, 1995, Lhasa, a capital tibetana já era praticamente uma cidade chinesa. Vista de cima, lá do Palácio Potala, o mais lindo do mundo visto de fora, via-se claramente um bairro tibetano, cercado por um mar de bairros chineses. Os mais de 3.000 monastérios tibetanos do país foram reduzidos a menos de 10, que só permaneceram de pé para incentivar a indústria do turismo, mas nada que atrapalhe o projeto de tornar o Tibet uma província irremediavelmente chinesa, o que parece que já aconteceu. O ponto final nesse projeto foi a construção da ferrovia que liga o Tibet ao resto da China. Tive a oportunidade de ler bastante sobre a história do Tibet quando estava por lá, e realmente fiquei revoltado com o fato de tudo isso estar acontecendo nas barbas do mundo inteiro, que prefere ignorar, a se indispor com os chineses.

Quando fui à Europa nas primeiras vezes, na década de 1980, nos impressionava quando víamos tantos japoneses em todos os pontos turísticos. Foi antes da longa estagnação da economia japonesa, e o país estava bombando. Brincávamos dizendo que o Japão era tão superpovoado, que os japoneses tinham que viajar para fora pois não cabia todo mundo na pequena ilha. Ou que estava tão caro por lá, que era mais barato viajar para o exterior do que dentro do Japão. Lembra um pouco a situação atual no Brasil, onde é mais barato passar férias nos Estados Unidos do que no Nordeste.

Voltando à 2011, além do que vi na África, acrescento o que eu vi nesta última ida à Europa. Em todos os pontos turísticos, os chineses eram maioria, mas maioria mesmo, nos trens principalmente. Sei identificar a diferença dos chineses para outros orientais, pois reconheço o sotaque, e às vezes pela maneira espalhafatosa e engraçada com que eles se posicionam para tirar fotos. Lembro-me de ter tirado fotos dos chineses tirando fotos, pois para mim, eram mais interessantes do que as próprias fotos que eles estavam tirando. Eles substituíram os japoneses da década de 1980, mas agora a tendência é que a situação não se reverta tão cedo.

Tudo isso para fazer algumas constatações:

Os chineses, em pouco mais de 20 anos, sairam da idade da carroça para se tornarem a segunda economia do mundo, e em torno de 30 anos serão a primeira. Hoje um dia eles são considerados a locomotiva da economia mundial, se apenas diminuirem sua taxa de crescimento, o mundo inteiro entra em recessão, Brasil junto, já que eles se tornaram nos últimos anos o nosso maior parceiro comercial. Por essa razão, são respeitados e temidos por todo mundo, e como têm um real poderio econômico, estão de fato conquistando vários projetos mundo a fora, e colocando seus pés em vários países, de uma forma tão clara e enfática, que tornará inviável um retrocesso no futuro. Isso sem falar que se tornaram o maior poluidor do mundo atualmente, sem se preocupar com as consequências. Quem esteve em Beijing nos últimos anos sabe do que estou falando. Me lembro no ano de 2008, a grande quantidade de reportagens sobre a poluição em Beijing, que tornava o ar irrespirável, e a visibilidade mínima. Quem vai pressionar o governo chinês a controlar essa poluição?

Suas políticas de ocupação e de direitos humanos são tolerados de uma forma até revoltante, já que por muitíssimo menos os Estados Unidos e OTAN já invadiram e/ou declararam guerras a outros países menos musculosos. Aí vem o dilema: é para ficar com raiva dos chineses ou do governo chinês? Afinal, nem protestar o povo chinês pode, quanto mais escolher sesu governantes. Na minha época de MBA na Bélgica, tinha um colega chinês, o Li Lei, gente finíssima. Quando fui à Beijing em 1991, a família dele me recebeu no aeroporto, me acolheu em sua casa (até sermos expulsos pela polícia secreta chinesa), e me deu toda a atenção possível. Foi muito legal mesmo. Na época, criei um carinho especial pelo povo chinês. Isso antes de ir ao Tibet, claro.

Tendo estado na África já algumas vezes, feito safaris e me interessado pela vida animal, não consigo deixar de mencionar 3 espécies que têm sido foco de reportagens na mídia, que alerta para a diminuição dramática em suas populações. São elas o rinoceronte, o tubarão e o tigre. É de conhecimento de todos que o chifre do rinoceronte, os testículos do tigre e as barbatanas do tubarão se tornaram mercadorias de alto luxo, com preços que ultrapassam as dezenas de mihares de dólares por quilo, o que torna extremamente atraente para os caçadores e contrabandistas. Isso tudo por conta da cultura chinesa, que previlegia tradições milenares, ignorando suas consequências no mundo atual.

Tudo isso para meter o pau nos chineses? Nem eu mesmo sei. Parece que sim, mas não são os únicos com telhado de vidro. Apenas têm hoje o maior telhado no momento. Acho que é apenas um incentivo à reflexão.

 
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Posted by on November 28, 2011 in Africa

 

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Frio na Barriga

Cheguei hoje de uma rápida viagem para a Europa. Fui levar minha filha, que fará 15 anos no mes que vem. Ela me pediu de presente de aniversário, e fiquei bastante orgulhoso de ter sido escolhido para a estréia dela no Velho Continente. Foram apenas 10 dias, que começaram em Milão, depois Roma, Florença, Veneza e culminou com 4 dias em Paris. Muito corrido, mas deu para ver o principal de cada lugar. Óbvio que estou contando que ela retornará várias vezes, e aí terá a oportunidade de visitar as atrações mais profundamente.

Mas o que me chamou a atenção nesta viagem foi o fato de eu não ter sentido um frio na barriga antes de sair de casa. Também ora, tendo morado na Bélgica por 2 anos, e por isso tendo tido várias oportunidades de visitar Paris e a Itália, seria normal. Mas daí me lembrei da recente viagem à África, onde o que não faltou foi frio na barriga antes de sair de casa.

O primeiro local visitado por mim foi Addis Abeba, capital da Etiópia. De lá, fui fazer o circuito histórico no norte da Etiópia, e retornei à Addis Abeba. De lá, saí novamente, desta vez fui visitar o leste do país, e retornei mais uma vez à Addis. Foi quando me dei conta que, apesar de estar na Etiópia, não sentia mais o frio na barriga. Talvez por ser a terceira vez em menos de 2 semanas que eu estava por lá, e sempre ficando no mesmo hotel. Se tornou então um território conhecido para mim.

E é isso que me motiva a viajar mais. O tal frio na barriga. O fato de conhecer algo novo. Hoje em dia, com tanta informação disponível na internet, quase qualquer lugar pode ser “visitado” do conforto da sua casa. Isso significa que são poucos os lugares que dão aquele frio na barriga. E esses são os que me atraem.

Estava hoje mesmo conversando com o Guilherme, do excelente blog http://saiporai.wordpress.com e comentei com ele que quando eu fui à Índia em 1988, não havia internet, guias turísticos, e nem qualquer informação sobre hotéis, restaurantes, transportes, etc. Fui para lá sem qualquer ajuda. Não faltou o frio na barriga. A sensação de não saber o que vai encontrar, da novidade no sentido mais puro da palavra. Incrível! Até hoje me orgulho de ter feito daquela forma.

Só para completar: tem gente que detesta esse frio na barriga, e tenho respeito por todos que pensam assim. Preferem viajar com tudo esquematizado, parece que já curtiram a viagem antes de sair de casa. Hoje dá para ir para a Índia tendo comprado de casa os bilhetes de trem, avião, quartos de hotéis e/ou albergues, listado as atrações, buscando no google suas localizações exatas nas cidades onde ficam. E por outro lado, também dá para viajar para a Europa com o frio na barriga. Depende de onde, como, com quem, quando, e outras perguntas mais.

 
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Posted by on November 24, 2011 in Africa

 

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